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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Toque de Letra
[Antonio Carlos Gonçalves]


Se algum dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...
Lembre-se. Se escolher o mundo, ficará sem o amor,
Mas se escolher o amor, com ele você conquistará o mundo.
[Albert Einstein (1879 ___ 1955)]



Voltar
Voltar também é verbo intransitivo. Nesse sentido, há completude. É o bastante? Não é só, entretanto. Igualmente, expressa amor e esperança, assim na emoção de Vinícius e Carlos Lyra [Minha Desventura], ou na sensibilidade de Roberto Carlos [A Volta]. Contudo, voltar não é certeza. A vida é incerta, por isso repleta de sonho. Não se esqueça de seu sonho. Cultivar o sonho é caminhar avante. Veja:

Digo a você hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades de hoje e de amanhã,
ainda tenho um sonho.
[Martin Luther King (1929 ___ 1968)]

O futebol tem a sua convicção, embora seja ilógico. Por isso, não raramente, o jogador começa a entrevista, assim: ___ Com certeza... ___ A jogada, com certeza... ___ O nosso ataque, com certeza... ___ mas a nossa defesa, com certeza...
Defesa...? Volta...? Isso tudo se sucedeu, no skina, no futebol sabático.
Ratinho escala o time na expectativa da vitória, no campo de jogo, no “gramado”, uma vez que vencer no “par, ou ímpar” não lhe foi convincente. Aquela voz interior, que o tempo aguça, não se apaga, aquela vozinha no fundo d’alma, portanto, estava a impelir o máximo de esforço à conquista da vitória, nas quatro linhas. A escolha, pois, carecia de cautela. Como se diz, por aí, a escolha impõe, depois, lidar com as respectivas conseqüências. O futebol imita a vida, quem imita a arte. O futebol também é arte.
Convida um atleta, outro, mais um..., ele tem a primazia da escolha. Chamam-no Ratinho “Escolari”. A situação se revela complexa: Carlos “Clodoaldo” Segatto e Nilson “Ramos Delgado” Becker estão contundidos. Aquele se apresentou emplastrado, dolorido na região lombar (?); este, com o joelho inchado, sobretudo em função das veias (?). Faltava-lhe selecionar o goleiro. Posição difícil, inclusive pelo ângulo retro que se forma no encontro da trave e travessão. Ali, no gol, a grama se recusa a florir, às vezes se recusa a nascer. 
“Escolari” pensa, repensa, tudo, obviamente, numa fração de segundo, ali, naquele "momento histórico", porque durante a semana ele se aprofundou no estudo dos diversos esquemas de jogo, mas sabe que o bom time começa com um bom goleiro. No skina, em verdade, o que não falta são bons arqueiros, conforme, p. exemplo [citação de memória], Fábio “Elástico”, Valmor “Goleiro Linha”, Antero “Intransponível”, Cabelo “Higuita” ___ enfim, enfim, enfim [...três vezes, em homenagem aos sistemáticos].
Decide-se (?), finalmente. Quase! Entrega a número 01 [zero, um] ao Nilson “Mão de Onça” Fidélis, na sua re-estréia, depois de longo período a jogar [e defender] no futebol internacional, na belíssima Natal; era a sua volta, trazendo, "na mala, bastante saudade", mas, na vida, muita esperança. Não obstante isso, "Escolari" se decide, outra vez. A indecisão também é humana. Daí, entrega a camisa 01 [zero, um] a Antero “Intransponível”. Nilson “Mão de Onça Fidelis” vai ao outro time, mas não deixa de refletir... por quê? por quê? ___ Parece que sempre há um "por que?", desde Sócrates, o filósofo, ou antes. Por quê?
“O jogo é jogado”, como se sabe, e, dentro de campo, no "suíço", são “sete contra sete”. ...Todo bom time começa com um bom goleiro. Havia dois times incríveis. Por quê? Sim, em campo, dois grandes goleiros. Antero “fechava o gol”. Fidelis “pegava tudo”. O empate era previsível. Gol, lá, gol, aqui... Alguém se lembrou do Brasil vs. Itália, em 1982, em Barcelona. A história se repete, às vezes, em forma espiralada, é dizer, em lugar diferente. O skina é no Sul da América do Sul...
O time do Ratinho volta a perder, embora o esforço de seus companheiros. Quase no final do jogo, sem chance de reação, Antero “Intransponível” sofre o terceiro gol. Não se houve culpa de ninguém. O esporte é coletivo, afinal. Nilson “Mão de Onça” Fidelis e seus amigos saem vitoriosos. Fidelis, duplamente. Recebe o almejado Troféu MotoRádio. A sua estada, no exterior, lhe fez bem. Está com os reflexos apurados. O MotoRádio está em boas mãos: nas mãos do “Mão de Onça”. Incrível! Parabéns Fidelis.
Os lances, as jogadas, os chutes, as defesas, os cruzamentos, tudo isso se discutiu no “mesa retangular”, no pós-jogo, ao som das palavras dos amigos, bem assim no sabor do churrasco, preparado com maestria pelo Leonir.
É isso. Um forte e fraterno abraço a todos.

 

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