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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A RESPOSTA

Nilson Fidelis
Era um sábado de dezembro.
O dia amanhecera nervoso.
Nuvens cinzentas mostravam a cara.
O tempo transpirava à chuva.
Ela chegou como sempre, linda e graciosa.
Um frio me percorreu a espinha.
Senti a alma sobressaltar-se.
Deu-me um abraço, frágil.
Beijou-me o rosto friamente.
Mas foi o suficiente para me acalmar.
Observei o ambiente.
Continuava sombrio e tenso.
Parecia que algo ia acontecer.
Pulsava, como se tivesse vida.
Era iminente.
Ela parecia bem à vontade, acho até que estava feliz.
Meio sem jeito e com medo, falei de meus sentimentos.
Foi enfática: “Não, jamais!”
Gelei.
Foi terrível.
Meu coração não concordou com a resposta.
Teima em pulsar por ela,
chorar por ela,
sangrar por ela.
Quem sabe até... Parar por ela.
Talvez fosse melhor assim, do que viver o resto de meus dias, carregando este castigo.

                        

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