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sexta-feira, 9 de julho de 2010

BLÁBLÁBLÁ

Billy’S Cão

Imagem:Web(Tivesse este cãozinho aí uma orelha em pé e outra não, seria um retrato do Billy)

Homens e animais às vezes criam vínculos tão fortes, que se torna terrivelmente doloroso, a qualquer uma das partes, um convívio em separado ou uma perda. Foi assim comigo, meu filho mais novo e o Billy, nosso cachorro.

Na época meu filho tinha uns 8 anos de idade, já o Billy, um SRD(Sem Raça Definida) metido a Fox Paulistinha, não passava de uns 12 meses. Não havia nada de papel, tecido ou plástico e até mesmo madeira, que seus dentes afiados não triturassem.

Meu filho achava que seria o substituto de Ronaldo Fenômeno no futebol, e o Billy, o rei da traquinagem, era seu parceiro preferido na brincadeira.

Na hora de cochilar, a posição preferida do cachorrinho baderneiro, era apoiar a cabeça sobre as patas dianteiras esticadas. Estranhamente ele mantinha uma orelha em pé, a esquerda, e a direita caída. Mas bastava apanhar uma bola que as orelhas se endireitavam e ficavam em riste, e ele se punha em posição de ataque. Quando a bola era atirada ao chão ou chutada, ele disparava feito um rojão atrás tentando apanhá-la. O resultado era, na maioria das vezes, uma bola furada por dentes pontiagudos, uma carinha triste do substituto do Fenômeno e novamente uma orelhinha caída de uma cabeça sobre as patas.

Outra mania do Billy. Para provocá-lo pegava uma roupa velha e erguia até certa altura, ele dava saltos até cravar os dentes na roupa e ficava dependurado, se chacoalhando todo tentando rasgar o tecido. Não Gostava de tomar banho. Bastava apanhar uma mangueira para ele desaparecer nos esconderijos que haviam no quintal.

Ele também aprendeu a fugir. Eu saía de casa para o trabalho todo dia, em torno de 7 horas da manhã. Enquanto abria o portão da garagem o Billy ficava à espreita, bem quietinho. Bastava entrar no carro e dar partida que ele saia em disparada e sumia correndo e pulando por todos os lados rua afora. Depois de horas voltava todo feliz. Certa vez fugiu e demorou uns três dias para voltar, magro e babando muito. Provavelmente tenha sido envenenado. Mesmo uma transfusão de todo o sangue que ele tinha no corpo não evitou sua morte.

Foi uma perda terrível. Nunca mais tivemos a coragem de arrumar outro cachorro.

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Tenho várias historietas do Billy e de outros cães que conheço e vou contá-las, aos poucos, para compartilhar com aqueles que gostam de cães. Se você também tem uma história de seu cão, aproveite o espaço do comentário e conte sua história.

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