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segunda-feira, 26 de abril de 2010

TEMÁTICO

BICHINHO DE ESTIMAÇÃO


Imagem:Web


Qual seria a finalidade de um bichinho de estimação na vida das pessoas? Seria suprir a falta de amigos ou apenas preencher lacunas? Parece tratar-se de coisa de criança. Mas por que tantos adultos insistem em manter seus bichinhos de estimação? Seriam falhas de comportamento, desvio de personalidade ou excesso de aptidão afetiva? Comprovadamente, existem pessoas que preferem dar atenção e carinho a animais vivos ou a bonecos de pelúcia ou a qualquer outro tipo de objeto, em detrimento de um ser humano. Bem, mas quem sou eu para analisar a conduta moral, intelectual ou psicológica das pessoas. Preciso apenas falar sobre bichinhos de estimação.

Eu não tenho um, mas conheço pessoas que têm e se dizem felizes em possuí-los. Sinceramente, não sei se meu ego não incorporou a idéia ou se é pura intolerância, mas considero essa prática um tanto quanto fora de propósito. E, como tal, deveria habitar apenas o mundo fantástico das crianças, pois, no mundo adulto acredito existirem pouquíssimos espaços para brincadeiras com bichinhos de estimação. E por favor, não considerem nessa afirmação nenhum tipo de radicalismo, animosidade ou preconceito. Entendo perfeitamente, que em muitos momentos da vida, às vezes este ícone é o único capaz de apaziguar nosso espírito e nos devolver a paz. Animais são despidos de sentimentos, mas transmitem afetividade. Acho que o bichinho de estimação está revestido do desejo humano de se relacionar com eles, de se comunicar com eles, de encontrar neles o que muitas vezes não achamos nas pessoas.

Desconfio que a partir deste escrito, passarei a dar maior atenção ao assunto. Concordo que realmente, em determinados momentos, é muito mais proveitoso discutir certas intimidades ou assuntos reservados com um animal ou com um boneco, mesmo sabendo que não haverá respostas. A condição que os diferencia do homem, proporciona a garantia de que jamais irão discordar, ironizar ou criticar nossas idéias. Este é o momento exato em que afloramos nossas loucuras; é quando conversamos conosco mesmos, quando segredamos para o nosso íntimo os nossos demônios, as nossas fraquezas, as nossas desventuras. Neste momento o bichinho de estimação é nosso interlocutor silencioso, mudo; todavia presente, cúmplice.

Vou terminar este texto com um pedido de desculpas, uma retratação. Quero declarar meu erro em relação ao que escrevi no primeiro e segundo parágrafos. Concluo que não são apenas crianças que necessitam de um bichinho de estimação, mas qualquer pessoa de qualquer nível social ou intelectual, despojada do “animus” da agressividade e do ódio e revestida de amor e paciência. Acho que de fato, todos nós temos um deles escondido nas profundezas de nosso inconsciente.

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