Japurá City

“As meninas do sítio de Japurá, é assim que nós as chamamos”

Sentido Horário: de cócoras Mª Eduarda e Mariana
Mulheres: Vi, Vinina, Alete, Thaís, Tomiko, Sílvia, Filó
Homens: Eurico, Ajax, Nelson e Tainan

Era uma vez, já faz muito tempo, junto com vários amigos, acabei chegando a uma casa onde moravam três meninas. Não era uma “República”, como se costuma dizer. Era uma casa comum onde três moças, adultas e independentes, resolveram morar. A cidade era Mandaguaçú-Pr e o ano, 1986. Lá conheci: Lourdes(Vi), Vinina e Maria Lúcia(FilÓ), assim mesmo escrito com Ó maiúsculo. O motivo do encontro, bem não me lembro, mas para aquele pessoal não havia necessidade de motivos.

Acho que ninguém discorda que a música é um excelente elemento capaz de unir pessoas. Não só pelas notas harmoniosas que sensibilizam os nossos ouvidos, como também pelas letras que tocam nossos sentimentos mais profundos. Na casa das meninas naquele dia estava a turma inteira. Cantou-se, comeu-se e bebeu-se a noite toda. A empatia entre os presentes foi tão forte, que o tempo passou e até hoje não existe uma data sequer que passe em branco sem que haja uma reunião da mesma turma.

A Casa com anexo(refeitório)

A verdade é que essa turma, da qual estou escrevendo, virou um carrapato na vida das Meninas. Um grude só. Aonde elas iam, a gente ia atrás. Foi assim em Mandaguaçú, foi assim em Umuarama, e agora da mesma forma, em Japurá. Ouvi dizer até que a perseguição já vem desde antes(Ivaiporã-Pr), onde foram colegas de trabalho de alguns integrantes da patota. Entretanto, cansadas de tentar fugir de nós, acabaram comprando um sítio “São Francisco” em Japurá-Pr. Agora basta aparecer um aniversário ou uma data festiva qualquer, lá estamos nós em grupo na casa das meninas.

Recentemente estivemos lá no Sitio São Francisco. Era a comemoração de vários aniversários. O sítio é uma pintura. Muito verde, pomares com frutas, plantações diversas(mandioca, abacaxi, milho, cana, pupunha), uma horta cheia de viçosas verduras cuidadas a toques de dedo da Vi,  sem nenhum agrotóxico. Um viveiro especial para o cultivo de orquídeas, a cargo da FilÓ e um enorme galinheiro, onde cada poedeira tem nome próprio, criadas com todo carinho pela Vinina. As aves retribuem com muitos ovos “caipiras” e bandos de filhotes cacarejando atrás de mães cuidadosas e barulhentas.

A horta-verduras sem agrotóxicos

Como sempre, foi mais um dia de muito bate-papo, comilança e bebedeira. Essa nossa turma é fantástica. São mais de trinta anos, colados um ao outro. Muita gente se admira como um grupo pode durar tanto. Mas a fórmula é simples; muito carinho, dedicação, alegria, confraternização e respeito.
A primeira das fotos só retrata um pedacinho da turma, existem muitos mais:
Nancy, Graciotto, Suely, Janes, Hamilton, Verinha, Akemi. 

Este bando de penosas são o x.ó.d.ó da Vinina

Frutas-Um lindo par de cidras, frutas da cidreira
das quais se fazem deliciosos doces

Urucum e suas vagens com sementes das quais se tira o "colorau"
usado como condimento na cozinha

Abacaxi com cabeleira?