FUTURO?
Imagem:Web
Que pergunta! Contudo a resposta é um enorme ponto de interrogação. Ninguém, absolutamente, ninguém está habilitado a descrever ou prever o futuro, sem que incorra em margens de erro. A não ser no plano conceitual, pura e simplesmente, futuro é o que está por vir, ponto. Falar de futuro é entrar no campo das abstrações. Porém, esta pequena frase, sozinha, não é suficiente para definir futuro. Ele é muito maior, distante, incerto e complexo. Merece algo mais elaborado.
Possivelmente um indivíduo do povo, se questionado a respeito, diria na simplicidade de sua peculiar crendice: Só Deus sabe! Mas é quase isso mesmo. O futuro é uma incógnita, e por assim se apresentar, mexe com a curiosidade das pessoas. Aproveitando-se dessa fraqueza humana, analistas, magos, feiticeiros, bruxos e adivinhos, se lançam no mercado e exploram quanto podem a credulidade das pessoas em troca de vantagens pecuniárias. A entrada de um novo ano, grandes competições desportivas, períodos eleitorais, são os momentos propícios para aplicarem os golpes visionários. A não ser por umas poucas coincidências fragilizadas, na maioria das vezes não conseguem demonstrar o que prometem, deixando a todos decepcionados.
O mundo, junto com tudo que sobre ele habita, passa por momentos demarcatórios. Poderíamos chamar a estes momentos de presente, passado, futuro. Eles formam uma espécie de trilogia do tempo. Dentre estes momentos, o mais palpável é o passado, em virtude de sua consistência axiomática, inconteste. O futuro, ao contrário, é uma “caixinha de surpresas”. Sua realização é uma mescla de dúvidas e expectativas, notadamente quando o que se espera tem caráter de grandiosidade ou se reveste de muita importância. Via de regra, dependendo do projeto proposto, ao final sempre acaba prevalecendo o que se previa. Contudo, o espaço de tempo entre a expectativa e a realização é um caminho eterno, repleto de angústias e ansiedade.
Falar sobre o futuro é bater de frente com o desconhecido. Mas a cada “tic-tac” do relógio, zás... Sem mágicas, sem alardes, ele penetra silenciosamente no presente e já mergulha, definitivamente, no passado. O presente é apenas uma tênue linha balizadora dividindo os dois tempos. Torna-se praticamente, impossível tratar do futuro, sem esbarrar nos outros elementos da trilogia – presente e passado. Cada um com sua importância no encadeamento contextual até a formação definitiva da história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário